sábado, 30 de maio de 2009

Por que não devemos usar gírias no ambiente empresarial?

Todos nós, em um momento ou outro da vida, usamos gírias, mas devemos ter cuidado. A gíria pode ser de duas formas: de grupo, quando apenas membros de um grupo conhecem os significados das palavras e gíria comum, quando os significados são conhecidos por todos nós, como, por exemplo o caso da palavra dinheiro, que conhecemos de muitas formas gírias diferentes, tais como bufunfa, grana, dindin, dentre outras.
A gíria, segundo Ferrero (1972:01), é considerada primeiramente, uma “linguagem de estrada e de taverna”, é um modo de falar que, Para Preti (2000:243), “parece datar do século XV na França(...)em textos que nos remetem à linguagem de marginais e mascates, durante o conturbado período histórico que se seguiu à Guerra dos Cem Anos”.
A gíria de grupo é, ainda hoje, uma linguagem considerada marginal, que divide os indivíduos em sociais e anti-sociais, visto que, para o mesmo Preti (id: 247), “sob o ponto vista histórico, a ausência da gíria nos textos escritos, ou pelo menos, a sua presença muito restrita neles, serviu para reforçar a idéia do baixo prestígio social ”.
O uso de uma linguagem criptológica, de difícil entendimento para as pessoas comuns, é, para os grupos fechados, uma questão de inclusão social ainda que a sociedade por eles formada constitua um grupo pequeno.
Falar um vocabulário criptológico é participar de um grupo, que hoje não tem, necessariamente uma conotação marginal; no entanto, quando palavras, de um determinado vocabulário secreto, passam para a linguagem comum são abandonadas e outras, em seu lugar, recriadas. Tal processo de recriação chamamos de efemeridade, que é outra característica da gíria.
Para Preti (1996: 140), quando as gírias possuem a possibilidade de serem reconhecidas pela sociedade comum, há um “esforço dos grupos restritos em criar novos vocabulários gírios, inventar novos significados, para manter-se sempre falando de maneira diferente e original.”
Mudar sentidos de palavras, utilizar-se de expressões metafóricas e criar palavras desconhecidas por meio de inúmeras técnicas, são também características da gíria que tornam o grupo cada vez mais coeso. É assim que seus membros se identificam e se compreendem sem serem compreendidos.
Na fala diária a gíria está muito presente, mas não deve nunca, prinicipalmente no ambiente empresarial, estar presente, pois a postura linguistica a ser utilizada nesse ambiente é marcada pela clareza, objetividade, eficácia, eficiência e fluência comunicativa.
FERRERO, Ernesto. (1972) As gírias da vida marginal, de 1500 até hoje. Trad: Prof. Darly Scornaienchi – USP. Verona, Mondadori.
PRETI, Dino. (2000) A gíria na língua falada e na escrita: uma longa história de preconceito social. In: PRETI, Dino. (org) Fala e escrita em questão. Humanitas, Série Projetos Paralelos, São Paulo.
___________ (1996) A gíria na cidade grande. Folha de S. Paulo, 9 de fev.p.2 a 10.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Uma reflexão sobre como ensinamos e aprendemos gramática

A Gramática Contemporânea Tradicional não é uma mera cópia da Gramática Grega e sim, uma herança de categorias greco-latinas, as quais não podemos, de forma alguma, dispensar, seja na vida acadêmica, ou docente.
Na Gramática Contemporânea Tradicional há, portanto, uma conjunção de estudos fono-morfo-sintático-semânticos, que devem, ou deveriam ser, de domínio do professor de língua materna, que na maioria das vezes lhe atribui uma função pedagógica, a qual é inadmissível, visto constituir um “meio” e não um “fim” no que diz respeito à aprendizagem de qualquer língua materna.
Ao professor cabe o conhecimento e o domínio de ciências como a lingüística e a filologia, afim de que a idéia, muitas vezes e erroneamente concebida, de que deve-se dispensar esta ou aquela teoria do ensino, continue a existir.
O conhecimento sólido de teorias se faz imprescindível quando aliado, entrelaçado, pois ensinar gramática é estar voltado para o desenvolvimento das competências lingüísticas, e conseqüentemente discursivas e culturais e não ater-se à explanações inteligíveis (por não fazerem sentido algum) aos nossos alunos, tornando quase impossível o ensino de gramática।
O professor preocupado, não despreza as produções lingüísticas de seus alunos, pelo contrário, parte dessa produção o seu trabalho; o de ensinar a língua padrão culta a partir da variação por eles conhecida, que não é a melhor ou pior, é apenas uma das possibilidades, mostrando, a partir daí que existem outras variantes sem eleger uma ou outra e deixando claro que a língua, eleita pela sociedade como a de maior prestígio deve ser aprendida sim na escola, com uma real proposta de uso em determinadas situações comunicativas.
Para alguns, o ensino de gramática possui três defeitos; a) a falta de organização lógica da disciplina, b) os objetivos da disciplina estão mal colocados, já que saber gramática, não é, necessariamente, saber escrever bem, e finalmente, c) a metodologia é inadequada, pois não possibilita ao aluno a obtenção de respostas científicas, apenas é instruído para que faça de um jeito, considerado o único certo, sem mais explicações.
Discordo em termos, visto que a falta de organização lógica não constitui realmente um defeito, que está na formação do profissional, ou seja, pelo não conhecimento real de teorias, há um privilegiamento da expressão oral em relação à escrita. Tendo essa posição, é natural dizer que a metodologia é inadequada, nem poderia ser, já que não há uma formação sólida e relacionando teorias, que devem ser para o professor e não para o aluno.
No que diz respeito a má colocação dos objetivos, aceitos os elencm a falta de cientificidade e precisão das respostas dadas aos alunos faz com que eles pensem que é inútil aprender gramática e desistam, de ao menos tentar, visto que não deveríamos tratá- los como futuros lingüistas e sim como seres capazes de interagir em qualquer situação.
Reforço aqui, que não é minha intenção desqualificar uma ou outr posicão, é justamente contrário disto: todas as teorias, desde que bem fundamentadas, têm seu valor e devem ser de conhecimento dos profissionais que ensinam língua materna, afim de que problemas, cujos quais foram colocados acima, deixem de acontecer pela desinformação e o despreparo de quem possui a tarefa árdua de ensinar ao falante, ao aluno, uma variação que não é a mais conhecida por ele.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

A importância de se comunicar bem


Saber se comunicar, muitas vezes acarreta problemas para as pessoas, por acharem que a comunicação eficiente é algo longínquo.
Será?

Não sei, mas se pensarmos que a boa comunicação, tanto oral quanto escrita é acessível a todas as pessoas que possuam boa vontade e
orientação linguística adequada, visto que todos nós falamos, ouvimos, lemos e escrevemos durante toda a vida a Língua Portuguesa, podemos acreditar que somos bons comunicadores.

E você se comunica direitinho ou ainda tem problemas para atingir seus objetivos comunicativos?