Todos nós, em um momento ou outro da vida, usamos gírias, mas devemos ter cuidado. A gíria pode ser de duas formas: de grupo, quando apenas membros de um grupo conhecem os significados das palavras e gíria comum, quando os significados são conhecidos por todos nós, como, por exemplo o caso da palavra dinheiro, que conhecemos de muitas formas gírias diferentes, tais como bufunfa, grana, dindin, dentre outras.
A gíria, segundo Ferrero (1972:01), é considerada primeiramente, uma “linguagem de estrada e de taverna”, é um modo de falar que, Para Preti (2000:243), “parece datar do século XV na França(...)em textos que nos remetem à linguagem de marginais e mascates, durante o conturbado período histórico que se seguiu à Guerra dos Cem Anos”.
A gíria de grupo é, ainda hoje, uma linguagem considerada marginal, que divide os indivíduos em sociais e anti-sociais, visto que, para o mesmo Preti (id: 247), “sob o ponto vista histórico, a ausência da gíria nos textos escritos, ou pelo menos, a sua presença muito restrita neles, serviu para reforçar a idéia do baixo prestígio social ”.
O uso de uma linguagem criptológica, de difícil entendimento para as pessoas comuns, é, para os grupos fechados, uma questão de inclusão social ainda que a sociedade por eles formada constitua um grupo pequeno.
Falar um vocabulário criptológico é participar de um grupo, que hoje não tem, necessariamente uma conotação marginal; no entanto, quando palavras, de um determinado vocabulário secreto, passam para a linguagem comum são abandonadas e outras, em seu lugar, recriadas. Tal processo de recriação chamamos de efemeridade, que é outra característica da gíria.
Para Preti (1996: 140), quando as gírias possuem a possibilidade de serem reconhecidas pela sociedade comum, há um “esforço dos grupos restritos em criar novos vocabulários gírios, inventar novos significados, para manter-se sempre falando de maneira diferente e original.”
A gíria de grupo é, ainda hoje, uma linguagem considerada marginal, que divide os indivíduos em sociais e anti-sociais, visto que, para o mesmo Preti (id: 247), “sob o ponto vista histórico, a ausência da gíria nos textos escritos, ou pelo menos, a sua presença muito restrita neles, serviu para reforçar a idéia do baixo prestígio social ”.
O uso de uma linguagem criptológica, de difícil entendimento para as pessoas comuns, é, para os grupos fechados, uma questão de inclusão social ainda que a sociedade por eles formada constitua um grupo pequeno.
Falar um vocabulário criptológico é participar de um grupo, que hoje não tem, necessariamente uma conotação marginal; no entanto, quando palavras, de um determinado vocabulário secreto, passam para a linguagem comum são abandonadas e outras, em seu lugar, recriadas. Tal processo de recriação chamamos de efemeridade, que é outra característica da gíria.
Para Preti (1996: 140), quando as gírias possuem a possibilidade de serem reconhecidas pela sociedade comum, há um “esforço dos grupos restritos em criar novos vocabulários gírios, inventar novos significados, para manter-se sempre falando de maneira diferente e original.”
Mudar sentidos de palavras, utilizar-se de expressões metafóricas e criar palavras desconhecidas por meio de inúmeras técnicas, são também características da gíria que tornam o grupo cada vez mais coeso. É assim que seus membros se identificam e se compreendem sem serem compreendidos.
Na fala diária a gíria está muito presente, mas não deve nunca, prinicipalmente no ambiente empresarial, estar presente, pois a postura linguistica a ser utilizada nesse ambiente é marcada pela clareza, objetividade, eficácia, eficiência e fluência comunicativa.
FERRERO, Ernesto. (1972) As gírias da vida marginal, de 1500 até hoje. Trad: Prof. Darly Scornaienchi – USP. Verona, Mondadori.
PRETI, Dino. (2000) A gíria na língua falada e na escrita: uma longa história de preconceito social. In: PRETI, Dino. (org) Fala e escrita em questão. Humanitas, Série Projetos Paralelos, São Paulo.
___________ (1996) A gíria na cidade grande. Folha de S. Paulo, 9 de fev.p.2 a 10.
PRETI, Dino. (2000) A gíria na língua falada e na escrita: uma longa história de preconceito social. In: PRETI, Dino. (org) Fala e escrita em questão. Humanitas, Série Projetos Paralelos, São Paulo.
___________ (1996) A gíria na cidade grande. Folha de S. Paulo, 9 de fev.p.2 a 10.